A resposta é: não necessariamente.
Uma consulta com um médico psiquiatra, a nível ambulatorial, consiste basicamente em estabelecimento de uma relação médico-paciente, avaliação clínica e conduta.
A conduta dependerá da avaliação clínica — principalmente qual a gravidade, duração, intensidade e impacto dos sintomas.
Mas nem sempre a conduta será medicamentosa, apesar de o ser na maioria das vezes.
Isso porque grande parte das pessoas que buscam a consulta já se questionam se deveriam ser tratadas com um tratamento psicofarmacológico ou foram encaminhadas com essa finalidade
A conduta do médico psiquiatra também pode consistir em:
Recomendações de modificação de estilo de vida
Orientar, esclarecer dúvidas sobre saúde mental, transtornos psiquiátricos e tipos de tratamento psiquiátrico
Encaminhamento para psicoterapia isoladamente ou combinada com o tratamento farmacológico a ser proposto
Encaminhamento para outros profissionais conforme hipótese diagnóstica (exemplo: nutricionistas, terapeutas ocupacionais, neuropsicólogos, neurologistas)
Solicitação de exames para excluir diagnósticos diferenciais
Fornecimento de um parecer médico de forma verbal ou em forma de atestado (por exemplo, no caso de busca por uma 2a opinião médica em psiquiatria, por solicitação do psicólogo ou outro médico que atende a pessoa ou para emissão de um documento quando há necessidade de atestar boas condições de saúde psíquica)
Além disso, alguns psiquiatras também trabalham com outras modalidades de tratamento não medicamentoso (se forem aptos a isso), como:
Psicoterapia ou análise
EMDR
Estimulação magnética transcraniana
Por fim,
Vejo que muitas pessoas tem medo de ir ao psiquiatra e necessariamente sair de lá com uma prescrição. Se for o seu caso, a minha orientação é de que converse com o/a médico/a que estiver te atendendo. Explique sobre seus receios sobre tratamento medicamentoso, tire suas dúvidas. O médico não é uma figura autoritária (ou pelo menos não deveria ser) que só prescreve sem te ouvir. A boa escuta do médico e uma boa comunicação entre a dupla médico-paciente são as chaves para um bom tratamento.
Comments