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  • Writer's pictureDra. Fernanda Sartori

Consumo abusivo de álcool vs. dependência de álcool




O consumo abusivo de álcool, também conhecido como Beber Pesado Episódico (BPE) ou binge drinking, é definido pela OMS como o consumo de 60 g ou mais de álcool (cerca de 4 doses de bebida alcoólica ou mais), em pelo menos uma ocasião no último mês. No Brasil, o Ministério da Saúde considera uma diferenciação entre mulheres (ingestão de 4 ou mais doses) e homens (consumo de 5 ou mais doses). 

Para um fácil entendimento: é quando a pessoa ingere grandes volumes de bebida alcoólica em um curto espaço de tempo.


As pessoas que fazem consumo abusivo de álcool não necessariamente apresentam um Transtorno por uso de substância (T.U.S. de álcool) ou Dependência de álcool, mas podem ter um risco aumentado de desenvolve-lo.


No Brasil estima-se que 1,4% da população sofre com a dependência de álcool (OMS, 2018).


Trata-se de uma doença do cérebro, adquirida, crônica, que representa uma relação disfuncional entre o indivíduo e seu modo de consumir o álcool, com impacto que vai muito além do cérebro, atingindo todos os sistemas orgânicos, mas também a família, o convívio social e pode ser fatal se não for reconhecido e tratado. 


Algumas características típicas da pessoa com T.U.A. são:

  • Compulsão: desejo incontrolável de consumir, sensação de ser incapaz de colocar barreiras para o consumo, dificuldade de pará-lo

  • Tolerância: necessidade crescente de doses daquela substância para ter os efeitos antes obtidos 

  • Sintomas de abstinência: tremor, dor de cabeça, alteração de humor, entre outros, que aparecem quando o consumo cessou ou foi reduzido - Evitação ou alívio da síndrome de abstinência

  • Relevância do consumo: usar o álcool é tão importante que se deixa de fazer outras atividades 


Ao identificar um padrão problemático de uso de álcool ou da relação que se tem com bebida alcoólica, o ideal é que se procure ajuda de um médico psiquiatra e/ou um psicólogo. Se não for possível o acesso ao especialista, é possível buscar ajuda nas unidades básicas de saúde. 


É importante lembrar que apesar de ser legalizado e socialmente aceita, a bebida alcoólica é uma droga e pode trazer sérias consequências na vida de muitas pessoas. 



Fonte utilizada:

2) Tratado de Psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria, 2022.

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